Em busca do resgate e da
cultura dos devotos do Divino Espirito Santo, a presidente da Comissão Paulista
de Folclore e pesquisadora do tema há 50 anos, Neide Rodrigues Gomes retratou
em sua dissertação de mestrado as questões histórica e cultural das
festividades para gerar conhecimento na população e nos grupos e irmandades.
Sua iniciativa deu tão
certo, que a pesquisadora conseguiu resgatar inicialmente por meio da música a
tradição na cidade de Joanópolis, onde reside. Hoje, segundo ela, a Festa do
Divino em sua cidade conta com cavalgada que reúne aproximadamente 600 pessoas,
denominadas como a Irmandade do Divino, assim separadas em grupos de violeiros,
bandeireiros, músicos e devotos.
Para aumentar a viabilidade
de seu projeto, Neide produziu 11 filmes referente ao assunto nas cidades Mogi das Cruzes, São Luís do Paraitinga, Pirapora, Tietê, Piracicaba, Paraty entre outras. Há três anos durante a formação do Império em Joanópolis descobriu nos achados de uma conhecida o terço do
Divino, produto que resgatou e voltou a fazer com auxílio de artesãos e
senhoras da terceira idade. “Já produzimos mil terços para distribuir aos
integrantes. O terço significa a coroa do Divino, tem sete ministérios e é
dividido em sete centenas”, explica.
A festa do Divino Espírito
Santo acontece durante 51 dias, entre a páscoa e o domingo de Corpus Christi.
As atividades realizadas são visitação as casas com oração e apresentação de
músicas dos foliões e para finalizar o encontro os grupos são acolhidos com o pouso,
onde é oferecido alimentação e um lugar para descansar durante a noite.
Por Pamela Borges / Centro
Universitário Módulo
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